Segundo a OMS, os açúcares simples consistem nos mono e dissacáridos adicionados aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, pelos manipuladores de alimentos ou pelos próprios consumidores, bem como os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta.
Os hidratos de carbono que se encontram nos alimentos, na sua forma natural, dividem-se em simples e complexos. Exemplos de alimentos com hidratos de carbono simples são a fruta, o leite e a cana-de-açúcar. Já o pão, o arroz e a batata-doce são exemplos de alimentos com hidratos de carbono complexos.
O consumo de açúcares de adição não trazem qualquer benefício ao organismo. Estes açúcares adicionam “calorias vazias” ou seja, ao serem adicionados aos alimentos apenas acrescentam-lhes energia sem nenhum tipo de valor nutricional (como vitaminas e minerais), o que diminui a qualidade nutricional da alimentação. Para além disso, é larga a evidência científica que sustenta a ideia de que o consumo excessivo de açúcares simples está associado ao excesso de peso/obesidade bem como às doenças associadas nomeadamente, à diabetes mellitus tipo 2 e às doenças cardiovasculares.
Como detetar estes açúcares de adição nos rótulos?
Podem ser encontrados com a designação de açúcar mascavado, adoçante de milho, xarope de milho, sumos concentrados de frutas, xarope de frutose, açúcar invertido, açúcar de malte, melaço, açúcar, moléculas de açúcar com sufixo “ose” (dextrose, frutose, glicose, lactose, maltose, sacarose), xarope.
Porque devemos ser contra as bebidas açucaradas?
Uma das principais fontes deste “grande vilão” são as bebidas açucaradas cujo consumo tem vindo a aumentar ano após ano, visto que estas têm vindo a substituir outras bebidas com interesse nutricional como a água e o leite.
A OMS recomenda uma ingestão máxima diária de açúcares simples de 10% do total de energia diária ingerida. Simplificando, se considerarmos um valor energético diário de 2000 kcal, a ingestão de açúcares simples não deverá ultrapassar as 200 kcal/dia ou 50g/dia. Considerando o teor de açúcar presente na maioria dos refrigerantes comercializados, esse limite diário é facilmente ultrapassado com apenas uma lata de 330 mL de refrigerante.
Assim sendo, apesar de ser uma fonte de água em nada nos acrescenta em termos de benefícios nutricionais pelo contrário, ganhamos peso, não só pelas calorias que nos oferece como também pela promoção de uma menor saciedade, pois o açúcar sob a forma líquida é mais rapidamente digerido e absorvido, o que nos induz a uma maior ingestão energética proveniente de outros alimentos.
Portanto, se quer pensar na sua saúde, é então preferível optar pela água simples para matar a sede!